Psicoterapia de Casal - por Natasha Mello.
Quando você está diante de um casal, o que você enxerga? Quantas pessoas você vê?
Eu enxergo no mínimo seis, talvez quatorze. Você pode me questionar: Mas não é uma casal? Sim! Você tem razão, estou diante de um casal, porém eles chegam acompanhados por suas crenças e mitos familiares, assim como do legado transgeracional, que surgem em terapia através de suas falas, atitudes, comunicação, entre outros.
Faz parte do trabalho terapêutico com casais acolher e honrar essa bagagem que os constituem como indivíduos que estão em relação. Assim, auxiliar o casal a olhar para construção de sua história é fundamental para auxilia-los no caminho de uma relação saudável e equilibrada.
Falando em história, esse é um caminho que faz muito sentido para mim, uma vez que estou entrando num espaço que já existe muito antes de eu entrar na vida deles.
Peço que comecem me contando sua história, de como se conheceram, o que os atraiu no outro, até a vida atual, passando pelos projetos em comum, a rotina, os sonhos e a relação com a família de origem. Assim vamos conhecendo as relações trangeracionais que cada indivíduo trás consigo.
Outra ferramenta muito importante que faz parte do trabalho com casais é a construção do genograma (é uma representação gráfica da história familiar, podendo conter os vínculos de parentescos e emocionais, os padrões de relacionamento e características genéticas e muitas outras informações.) de cada membro do casal, utilizo esse recurso como meio de que cada um possa se dar conta de sua história, através da visualização dos relacionamentos que se repetem, das crenças e mitos familiares os quais interferem diretamente na vida do casal.
Olhar para as crenças e mitos familiares de cada membro do casal é acolher a sua história, o que lhe fora transmitido pela família de origem, validando o esforço em manter a continuação do que lhe foi transmitido, mas acima de tudo é auxilia-los na direção da construção do que faz sentido para eles enquanto casal. Não se trata de encontrarmos o que está certo ou errado em cada crença ou mito familiar transmitido, mas de buscar a compreensão e aceitação de suas atitudes atuais, na relação conjugal, olhar para as repetições dos padrões de comunicação, relacional e emocional.
Dito isso, o casal chega a terapia com a expectativa de receber auxílio para melhorar seu relacionamento, ávidos por respostas e direcionamentos, entretanto em terapia eles serão convidados a olhar para a influência das gerações familiares em sua conjugalidade, com respeito empatia e acolhimento. Texto por: Natasha Mello (psicóloga) - CRP 06/117267 #psicoterapiadecasal #transgeracionalidade #genogramatransgeneracional #genogramafamiliar #gestalterapia #autocuidado #saudemental #psicologia #casalnapsicoterapia #sensuspsi #sensuspsibelem
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